Separando a vida em etapas!

Acima nova etapa da minha vida!
Abaixo as vivências antes do infarto!

Mas a vida continua!!!

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13 julho 2020

O Retorno

Hoje faz 4 anos que me afastei das postagem neste blog. Tudo por causa de um infarto. Dia 02/07/2016 fiz a minha ultima trilha de moto. Uma das coisas que mais adorava fazer. Mais pela companhia do que pela moto. Minha companheira desde os 16 anos. Mas na vida nunca sabemos o dia de amanhã. E o meu dia do amanhã chegou antes que eu previa. E agora depois de 4 anos me adaptando. Acho que pelo menos organizei minhas ideias. E agora vou retomar a este meio de contato. E será através dele e do canal do Youtube que vou expor meus pensamentos e ideias. Sempre fui e sempre serei um cultivador de amizades. Apesar de ultimamente alguns acharem que não. Pelas minhas postagens que dizem ser política. Se fizeram opção por algo que não é bom. Não venha me culpar por isto. Aguente as consequências como a maioria aguentou. Vou postar minha visão de mundo e claro alguns assuntos que acho interessante e colaboram para formar minha opinião. Nunca levei e não levo para o pessoal qualquer ofensa pessoal e muito menos critica. Tenho uma personalidade formada. Que deverei deixar pra trás quando partir. Mas levarei comigo a minha essencial mais purificada do que retornei. E se aqui postar, algo contra sua opinião, não importa a quem eu faça, se silano ou ciclano, pode contestar, desde que, com fatos e comprovação. Que com prazer retiro. E sem mágoas. Desejo a todos muita felicidade, paz e harmonia. Por que é felicidade e a energia que trocamos que faz os elos da amizade a vibrar!!! Fora aos corta corrente!!! Grande abraço a todos!!! Segue texto de reflexão.

Reflexão de Aniversário de pós vida. Quatro Aninhos.

Exatamente a quatro anos, muitos podem dizer que nasci de novo. Então hoje comemoro meu segundo aniversário do ano. O de quatro aninhos de sobrevida. Foi um dia marcante pois nunca esperava que fosse acontecer comigo. Sempre fazia os exames periódicos de saúde. Em todos os exames de pressão arterial davam na média habitual de 120/80. Jogava bola terça e quinta e fazia trilha de moto aos sábados. Não era totalmente sedentário. Mas sempre fui preocupado em corresponder no trabalho. E gostava de estar reunido com os amigos. Com um bom churrasco. Normal para o grupo grande de amigos que tenho. Mas no dia 13/07/2016 acordei bem, fui a uma reunião na empresa que trabalhava. Mas como teve um intervalo de uma hora entre a reunião e o horário que eu começaria trabalhar. Aproveitei para sair resolver assuntos particulares. Ao chegar ao meu carro senti uma forte pressão no peito e dificuldade de respirar. Fui até uma farmácia próximo. Solicitei a medição da pressão arterial. Deu 15/11. Continuei meus afazeres e falei com minha esposa. Que me levou até o posto de saúde do bairro. Fui bem atendido e a Dra. Me encaminhou para o hospital. Já com a requisição de eletrocardiograma. No momento achei até um exagero. Não achava que era algo sério. Mas a dor era constante e sem alívio, mas suportável. Fui logo atendido. Fizeram o exame. E fiquei em observação. Fui medicado e colocado em um quarto. Sem um diagnóstico preciso. Foi retirado sangue para exame. E nada de diagnóstico. No final da tarde fui avisado que seria feito um segundo exame de sangue. Pois o primeiro foi inconclusivo. Solicitei alimentação. Pois passei o dia sem. Já era 18 hs quando tomei uma sopa. Assim que finalizei a sopa. As mãos começaram a em formigar e a ter a sensação de estar inchando. Estava sozinho. Chamei por socorro. Não tinha ninguém no posto de enfermagem. Chamei por socorro no corredor. Mas estava ficando tonto... voltei pra cama. E chegou a senhora da cozinha para recolher a louça. Falei que não estava me sentindo bem. Chamou as enfermeiras. E vieram todos. Até eletrocardiograma tentaram fazer na hora. Mas nada dava certo. O médico olhava o exame e pareceu não saber o que fazer. Fui levado para uma sala de emergência onde fui colocado ligado a diversos aparelhos. Medicado. E sentia meu esôfago queimar como uma azia. Neste momento meus amigos e familiares que estavam a minha volta falaram que meus batimentos ficaram zerados. Voltando a subir novamente. Lembro de ouvir muita correria para conseguir médico e ambulância pra me levar a Passo Fundo. União da Serra emprestou a ambulância. E o médico que me assistiu me acompanhou até Passo Fundo. Na viagem toda foi administrado sedativo. Mas a dor não deixava relaxar. Chegando lá fui incluído numa sala de emergência cheia de pessoas passando mal. Entre elas um acidentado de moto com muitos ferimentos. Tiraram minha roupa e me enviaram para um elevador. Cheguei a uma sala. Onde pedia pra olhar meu esôfago porque queimava. O médico me tranquilizou que já havia localizado o meu problema e já ia me aliviar. Senti um líquido quente correr pelas minhas veias. Esquentado principalmente meu saco escrotal e os lóbulos das orelhas. E algo que mexia dentro do meu peito. Logo a dor sumiu e tudo parecia ter voltado ao normal. Adormeci. Tudo isto gerou uma mudança de vida nunca esperada. Perda de quase 40% do coração. 19 dias de internação. 5 angioplastia com implantação de stends. Uma tentativa de retorno ao trabalho 90 dias após. Com nova ameaça de infarto e novo cateterismo. Passando mais 90 dias mais uma angioplastia e implantação de stends. 160 dias novamente mais cateterismo devido a uma angina. E após um ano de continuas fisgadas e anginas novo cateterismo e uma angioplastia com instalação de mais um stend. Totalizando 7 stends. Gerando um sofrimento psicológico igual a perda de parte do coração. Pois teve que haver uma mudança geral de vida. Com orientação específica dos médicos. Manter se calmo. Com batimentos abaixo de 70. Pressão 100/70. Dieta regida. Pequenas caminhadas. E comportamento de um senhor de 70 anos. Desta forma teria uma sobrevida de 10 a 20 anos. Já se foram 4 anos. Mas a batalha interna contínua. O afastamento do trabalho entre todas as mudanças é a mais difícil. Primeiro porque internamente somos programados para ser útil durante a vida toda. E isto TB acontecia comigo. Foi difícil e ainda é. Ficar parado. Mesmo tendo começado a trabalhar aos 14 anos. E contribuído com o tempo previsto pra previdência. A sensação de ainda ser útil ao trabalho persiste 24 horas por dia. Tendo que se utilizar de remédios para ter um sono profundo para dar o descanso necessário ao coração. Ainda se tem a sensação que muitos amigos e parentes acham que a gente se entregou a doença de forma voluntária. Isto afeta severamente a parte psicológica de quem convalescem de certa doença. E não é diferente para ninguém. Com a pandemia mundial muitos estão passando pela mesma pressão psicológica. Com isto estão sentindo na pele aquilo que muitos tem que sentir pelo resto de sua vida. A sensação que se tem nos casos como o meu. É a mesma que afeta o sobrevivente de uma tragédia. "O por quê eu". Pesquise. Isto é um desabafo e uma orientação para quem ainda sofre com qualquer doença. Por isto se eu estiver agitando qualquer grupo de amigos ou parentes. Isto é a maneira de ser útil. Já que fisicamente não o posso ser. Aprendi também. Que até posso ser útil fisicamente. Mas as consequências internas que poderei pagar podem ser fatais. Por isto se realmente tem boa consideração por mim. Ajude me. Chamando minha atenção quando estou sem pensar executando algo fisicamente que pode ser fatal para mim. Abraço a todos. Seja todos felizes!!!